Na Estante: All You Need Is Kill
Tudo o que você precisa saber sobre o novo lançamento da JBC!
Pegando carona com o hype do filme que foi inspirado no novel que serviu de inspiração pro mangá (que serviu de inspiração pra esse review =P), a JBC lançou durante a Comic Con Experience All You Need Is Kill, mangá desenhado pelo mestre Takeshi Obata.
Morra. Viva. Faça tudo outra vez.
O mangá é baseado na light novel homônima escrita por Hiroshi Sakurazaka e ilustrada por Yoshitoshi ABe, que mostra um mundo apocalíptico, onde os humanos estão em guerra contra seres conhecidos como Mimetizadores.
O protagonista da história é o
Após morrer pela segunda vez ele se dá conta de que não foi um sonho, e decide fugir do quartel. Para azar dele, um grupo de Mimetizadores o encurrala e o mata novamente. Após constatar que cada vez que morre ele retorna ao dia anterior, Keiji decide utilizar isso ao seu favor, aproveitando as rodadas extras que ele ganha cada vez que morre para treinar e se tornar cada vez mais forte.
No meio disso tudo, ele percebe que Rita Vrataski, a soldado mais forte da Unidade de Defesa Americana, tem mais coisas em comum com ele do que ele imagina e com a ajuda dela passa a tentar descobrir o segredo por traz de ficar preso em loop e de como derrotar os mimetizadores de uma vez por todas.
Não li a novel, e espero que a JBC a traga para o Brasil no futuro. Mas analisando somente o mangá pode-se notar que a história é bem simples. Apesar de na reta final algumas explicações serem mais complexas, de modo geral o manga permeia o desenvolvimento do protagonista em relação a cada vez que ele morre. A história vai direto ao ponto, explicando tudo que precisamos saber ao longo das páginas, sem precisar embromar por vários capítulos pra coisa avançar (afinal, foram apenas 2 volumes).
A narrativa é bem menos densa que Bakuman e Death Note, onde o excesso de falas tornava a leitura bem cansativa por mais que a trama estivesse interessante. Isso deixa a leitura mais agradável, onde você pode ler as páginas sem pressa, apreciando a arte como um todo.
Falando na arte, o traço do Obata continua sensacional, mas apesar disso achei que alguns personagens não combinaram muito com o visual que ele escolheu. Além disso, várias vezes tive a sensação de estar lendo Bakuman e em outras pareceu que estava lendo Death Note, nada que atrapalhe a leitura.
A edição da JBC
Não há muito o que falar sobre a edição da JBC. Ela segue o mesmo padrão dos mangás da editora, exceto pelo tamanho, que é o mesmo de Sailor Moon. Só achei que a JBC poderia ter trazido o mangá em papel offset, afinal são apenas 2 volumes e isso iria valorizar o material (principalmente porque, como todo mangá da Jump, as páginas coloridas foram limadas do encadernado).
A capa é exatamente igual a japonesa, mas mesmo assim vi algumas pessoas reclamando da falta de criatividade (vai entender né ¯\_(ツ)_/¯). A impressão também está bem nítida e não encontrei falhas gritantes na tradução (se tiver são aquelas bem imperceptíveis, afinal, quando leio algo não fico procurando com uma lente de aumento algo pra poder reclamar depois).
O veredito
Se você gosta de mangás de ficção cientifica, esse mangá é pra você. Não tem as mesmas complicações de outras histórias de viagens no tempo, seguindo do princípio ao fim com o seu plot inalterado. O final também (ao menos pra mim) foi bastante satisfatório e condizente com a proposta da trama. Além disso a edição, apesar de normal, não tem nada que possa comprometer a obra. Vale a pena conferir.
Nota: [✦ ✦ ✦ ✦ ✧]
4 de 5
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