As Crônicas do Otaku: a pesca, o japonês e o embromês

     Um amigo meu (leia-se contato do Orkut) me falou que estava aprendendo japonês. Fiquei feliz, afinal, ele nunca havia se interessado na cultura nipônica (na verdade ele nunca se interessou por nada). Porém, minha alegria durou pouco, pois descobri o verdadeiro motivo que o levou a isso. O motivo  era um motivo simples (eu sei, repeti 'motivo' demais), pescar nas provas, afinal, o final do ano tá chegando e ele não quer ficar na recuperação.

     Sua teoria era que se ele aprendesse japonês escreveria as pescas no alfabeto katana ou hiragana, assim os professores não perceberiam nada e ele tiraria uma boa nota. Um plano bem criativo (se não fosse tão fácil de se descobrir =P)

    Outra coisa são aquelas pessoas que acham, mas não falam japonês (falam embromês). Sabem uma, duas, três ou quatro palavrinhas (geralmente sushi, sashimi, arigatô e saionará) e colocam sam em tudo (Carla-san, Mário-san, casa-san, caneta-san...). Pior ainda, colocam "né" no fim de todas as frases (parece até a Bozenba de Toma lá da cá com o seu "daí"). Até hoje eu não entendi o motivo (outra vez repetido a palvra "motivo") desse "né", talvez seja porque quando um japonês começa a aprender português fala um pouco (põe pouco nisso) embolado, ou talvez seja pura falta de imaginação. Não sei se vocês lembram do filme TODO MUNDO EM PÂNICO 4, mas havia um garotinho que falava embromês (passou o filme todo falando sushi, sashimi, saionará, arigatô e outras coisas que não me lembro)

    Espero que quem acha que fala japonês procure logo um curso, pois num mundo globalizado falar outro idioma errado pode ser perigoso (pode-se falar um palavrão sem saber). Até a proxima O/

(escrito enquanto cochilava assistindo um documentário sobre pandas O.O)

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