A “arte” americana de adaptar
Não é difícil ver em animes nomes e termos adaptados para o ocidente e seu conteúdo editado para se adequar aos padrões normais. Nunca esquecerei o que fizeram com Raito de Death Note, que virou ligth (que tradução literal, significa luz) e nem do Masaru de Digimon Data Squad ter virado Marcus (pelo menos manteram o sobre nome deles, senão seria demais). Fora outras centenas de exemplos que renderiam uma lista enorme. E não são só os nomes de personagens que são “adaptados”, os títulos das séries também. Alguns são bem vindos , principalmente quando os nomes são difíceis de se pronunciar. O problema é quando a adaptação é mal feita e os títulos não tem nada a ver com o original. Tomemos como exemplo o anime Jibaku-kun-twelve world story (Jibaku – História de 12 mundo numa tradução livre). Numa tentativa de simplificar o nome, chamaram o anime de Buck ( que só para constar é o nome do protagonista... nada criativo, concordam?).
Eu costumava ficar me perguntando: porque isso acontece? A resposta é a mais obvia possível. Eles tentam aproximar os nomes dos personagens do seu público. Ai você pergunta: quantos Light existem no Brasil? Nenhum (eu acho), mas vale lembrar que a maior parte dos animes que vem para o país passaram antes pela terra do tio sam. Lá os animes são simplesmente editados e adaptados ao ser gosto.
A sociedade americana é extremamente “conservadora” (até parece ¬¬) e por isso toda e qualquer animação é vítima da censura (nem mesmo Os Simpsons escaparam). Partes intimas á mostra, sangue excesso, membros dilacerados, tudo isso é editado e na maioria das vezes substituídos por algo mais “inocente” (como o beijo acidental de Naruto e Sasuke, que se resumiu em apenas um barulhinho de beijo na versão americana). Muitas vezes a edição é tão feroz que muda completamente o rumo da história, como acontece em Digimon – O filme, que é na verdade uma junção de 3 filmes da série, que possuem histórias distintas que acabaram tendo uma ligação forçada, além de descartar muitas coisas que deixaram alguns pontos confusos.
Como se não bastasse mexer na animação, eles ainda resolvem atacar aberturas que muitas vezes não trazem nada que possa ser inadequado aos padrões morais, mas, fazem isso apenas para que não reste quase nada da produção original (já vi casos que até a cor do cabelo foi alterada), fora quando resolvem criar novos temas de abertura e encerramento (o pior pesadelo de qualquer otaku).
Por sorte, atualmente algumas produções vem direto do Japão e mesmo quando veem dos EUA é utilizado o vídeo original (sem edições americanas), o que já garante uma maior fidelidade. Tomara que continue assim, afinal ninguém merece ter seu nome trocado, nem mesmo o pior dos vilões.
Até a próxima o/.
(Depois desse texto, fico imaginando o que aconteceria se eles adaptassem o nome de Naruto. Será que seria chamado de Naluto? É melhor não dar idéia ¬¬)
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As Crônicas do Otaku
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