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As Crônicas do Otaku: Foi por Atena...








Lembro-me como se fosse hoje o
dia em que comprei o primeiro mangá da minha vida: Os Cavaleiros do Zodíaco #24,
lançamento da editora Conrad, no – felizmente - quase extinto formato
meio-tanko.  Sempre fui fã da série,
desde a época em que ela passava na extinta TV Manchete. Meu irmão e eu colecionávamos
figurinhas, revistas, pôsteres e tudo que trouxesse o selo dos Cavaleiros na
capa ou na embalagem.


Em um dia quente de 2005, em
pleno início de inverno, andei sob o sol por uns 20 minutos, da minha casa até a
banca mais próxima, que ficava no shopping local. Não havia muitos mangás por lá.
Na verdade, na época eu sequer sabia direito o que era mangá, muito embora
tivesse passado a infância inteira assistindo animes na Manchete, no SBT, na Globo
- quando ainda tinha algo que prestasse - e na Band, com os mesmos personagens
de olhos gigantes, cabelos coloridos e poderes especiais que lutavam contra as
forças do mal que sempre ameaçavam a Terra.


Como qualquer “noob” que se
preze, ao folhear a revista pela primeira vez, comecei a ler mangá pelo lado
errado. Sim, da esquerda para a direita, seguindo o hábito ocidental. E até
entender a forma correta de explorar aquilo, já havia passado algumas páginas.
A história era parte do segundo volume da Saga de Poseidon - ou primeiro se
levarmos em consideração o original. Só não foi difícil me entender com as
falas e a diagramação por já ter acompanhando a história na TV.


Depois desse contato inicial,
comecei a ir semanalmente à banca, esperando ansioso pelos próximos volumes.
Quando eles não chegavam aproveitava para bisbilhotar as outras revistas do
local. Nessas bisbilhotadas tive meu primeiro contato com a Anime>Do,
revista de animes que, pelo menos na época, estampava toda semana algo sobre os
defensores de Atena. Não preciso nem dizer que o meu lado fã falou mais alto e
acabei comprando a revista.


A partir daí, comecei a conhecer
outras séries e um pouco mais desse universo de animes, mangás e tokusatsus.
Lembro-me, saudosista, das tardes que passava lendo as batalhas dos cavaleiros;
os artigos sobre a série do colunista João Eduardo, alguns textos com
curiosidades sobre a cultura japonesa, as matérias da Amaruk Seta e suas
respostas às cartas de outros fãs que, como eu, embora gostassem de animes, não
sabiam muita coisa sobre esse universo e se sentiam meio isolados por não encontrarem
outros fãs nas suas cidades.


Tempos difíceis. Mas se eu
pudesse voltar no tempo até o dia que comprei meu primeiro mangá, faria tudo
exatamente igual. Teria enfrentado o sol a pino, ido até a banca, comprado, e
voltado toda semana. Aliás, o vício continua o mesmo, mas a compra de mangás
pela internet (pela comodidade e ofertas) se tornou mais corriqueira do que
visitar o tiozinho da banca de revistas.


Quando olho para trás vejo que
isso, de certa forma, me direcionou ao que sou hoje. Grande parte dos valores
que aprendi com Seiya, Goku, Kenshin e tantos outros personagens moldaram o meu
caráter e me ajudaram a não perecer diante de uma sociedade cada vez mais sem
sentido. Muitos julgam os fãs de animes (e não apenas fãs de animes, como de
séries, filmes e etc.) como alienados; dizem que animes são violentos e levam
crianças a cometer atrocidades. Equívoco. Além disso, é tolice pensar que
atirar uma bola de energia para atravessar o coração de outra pessoal ou
reverter o fluxo de uma cachoeira possa acontecer na vida real.


Enquanto eles perdem tempo com
seus argumentos furados, eu fico aqui, com a minha coleção, transcendendo ao abrir
um volume novo. Continua sendo incrível poder fugir por alguns minutos para
outro mundo, onde heróis – com habilidades especiais - existem e dão o máximo
para fazer a diferença e salvar o seu mundo. Foi por Atena que eu iniciei neste
universo, mas é por muito mais que eu permaneço nele.



E como foi que você começou a embarcar nesse universo de animes e mangás? Conte pra gente nos comentários!
Até a próxima pessoal! o/
_________________________________




P.S.: Depois de quase dois anos
sem escrever uma crônica, acho que essa ficou ó, uma b****.  Ainda bem que nosso colaborador Edvan Lessa me
ajudou a deixar o texto melhor. Arigatô Gozaimasu! (T_T)



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